11° Dia - Seja um refugiado



Décimo Primeiro Dia
Seja um refugiado

O Senhor disse a Josué que quando os filhos de Israel entrassem em Canaã, eles deveriam designar seis cidades refúgio. essas cidades eram um refúgio para abrigar aqueles que cometiam crimes acidentalmente, sem intenção de matar. Nesse caso a pessoa poderia fugir para uma dessas cidades e se refugiar. Nelas o vingador não poderia entrar e assim ele estaria guardado.
Disse mais o SENHOR a Josué: Fala aos filhos de Israel: Apartai para vós outros as cidades de refúgio de que vos falei por intermédio de Moisés; para que fuja para ali o homicida que, por engano, matar alguma pessoa sem o querer; para que vos sirvam de refúgio contra o vingador do sangue. E, fugindo para alguma dessas cidades, pôr-se-á à porta dela e exporá o seu caso perante os ouvidos dos anciãos da tal cidade; então, o tomarão consigo na cidade e lhe darão lugar, para que habite com eles. Se o vingador do sangue o perseguir, não lhe entregarão nas mãos o homicida, porquanto feriu a seu próximo sem querer e não o aborrecia dantes. Habitará, pois, na mesma cidade até que compareça em juízo perante a congregação, até que morra o sumo sacerdote que for naqueles dias; então, tornará o homicida e voltará à sua cidade e à sua casa, à cidade de onde fugiu. Js. 20:1-6
As cidades refúgio eram somente para aqueles que tinham cometido um crime acidentalmente, não era para aquele que tinha premeditado o homicídio. Deuteronônio 19 dá um exemplo de alguém que saiu para cortar lenha, mas enquanto estava manuseando o machado o ferro se soltou do cabo e atingiu o amigo. Nesse caso a pessoa poderia fugir para uma dessas cidades refúgio.

Um tipo de Cristo
Todas essas coisas são tipos espirituais que se cumpriram na pessoa de Cristo. Essas cidades são um tipo espiritual, uma maravilhosa alegoria do Senhor Jesus. As cidades refugio são uma sombra no Velho Testamento da substância que está no Novo Testamento.
Quem poderia ser abrigado numa cidade refúgio? Era somente para aquele que sem querer matasse uma pessoa. Era para aquele que não tinha premeditado o crime no seu coração, ou seja, o seu pecado tinha sido não intencional. A lei dizia que aquele que matasse deveria ser morto, então um parente do que foi morto tinha o direito de vingar a sua morte. Essa era a justiça da lei. Mas nesse caso o homicida poderia fugir para uma cidade refúgio onde o vingador não poderia tocá-lo.
Mas se a cidade refúgio era somente para quem pecou sem intenção, como ela pode se aplicar a nós? Aqui temos algo realmente maravilhoso. Na Cruz o Senhor Jesus colocou todos os nossos pecados na categoria de não intencionais. A sua oração foi: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem!” (Lc. 23:34).
Os judeus sabiam que o haviam traído e sabiam que o haviam entregado aos romanos. Os romanos, por sua vez, sabiam que o seu julgamento fora injusto e que ele era o filho de Deus. Como o Senhor pode dizer que eles não sabiam? Mesmo assim o Senhor colocou todos aqueles pecados na categoria de não intencionais. Essa é a graça e a misericórdia de Deus. Isso nos qualificava para encontrar refúgio em Cristo.
Isso é maravilhoso porque praticamente todos os nossos pecados são intencionais. Se o refúgio fosse apenas para os não intencionais, como poderíamos achar refúgio em Cristo? Mas agora o seu refúgio é para todos nós.
Pedro também disse que os judeus mataram a Jesus por ignorância.
Dessarte, matastes o Autor da vida, a quem Deus ressuscitou dentre os mortos, do que nós somos testemunhas.
E agora, irmãos, eu sei que o fizestes por ignorância, como também as vossas autoridades.
Dessa forma todos os pecadores são convidados hoje para entrarem no refúgio que é Cristo para serem livrados das mãos do vingador.
O Senhor Jesus foi chamado de amigo de pecadores. Ele é o nosso refúgio onde nos livramos do juízo que há de vir sobre toda a terra.
Hoje se você clamar o nome de Jesus, você estará qualificado para correr para ele como a sua cidade refúgio. O vingador, o acusador não terá mais poder sobre você. A palavra de Deus diz que o salário do pecado é a morte (Rm. 6:23). Antes da cruz, o diabo tinha o direito legal de colocar sobre a cabeça do homem a sentença de morte por causa dos seus pecados. Mas a boa nova do evangelho é que o Senhor Jesus tomou a sentença de morte na cruz, e nele hoje nós podemos receber o perdão e a proteção.

A verdade revelada nas cidades refúgio
Na palavra de Deus não existe nenhum informação insignificante. Os nomes, por exemplo, possuem significado e observando o significado dos nomes das cidades refúgio podemos ter muita luz.
Designaram, pois, solenemente, Quedes, na Galiléia, na região montanhosa de Naftali, e Siquém, na região montanhosa de Efraim, e Quiriate-Arba, ou seja, Hebrom, na região montanhosa de Judá. Dalém do Jordão, na altura de Jericó, para o oriente, designaram Bezer, no deserto, no planalto da tribo de Rúben; e Ramote, em Gileade, da tribo de Gade; e Golã, em Basã, da tribo de Manassés. Js. 20:7-8
Vamos ver o significado dos nomes das cidades ma ordem em que aparecem. A primeira cidade é Quedes que significa “santuário”. A igreja é o santuário de Deus na terra, o lugar do perdão imerecido, da misericórdia para o pecador e da graça superabundante.
A segunda cidade é Siquém que significa “ombro”. Isaías 9:6 diz que o governo está sobre o ombro do Senhor, mas a prioridade dele é carregar as ovelhas. Na parábola da ovelha perdida em Lucas 15, quando o Senhor encontra a ovelha ele a coloca nos ombros e a leva de volta ao aprisco.
Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz. Is. 9:6
A terceira cidade é Hebrom que significa “comunhão”. Hebrom era cercada de vinhedos e olivais. Também a água também ali é abundante. A igreja é o lugar da comunhão da família. É o lugar onde desfrutamos da plenitude da riqueza de Cristo.
A quarta cidade é Bezer que significa “fortaleza secreta”. A igreja é um lugar de refúgio e proteção contra o inimigo, exatamente como uma cidade refúgio.
A quinta cidade é Ramote que significa “lugar elevado”. Na igreja encontramos refúgio e caminhamos nos lugares altos da terra. Aqui temos os altos louvores de Deus. Aqui estamos acima de todo principado e poder.
E por último temos Golã que significa “regozijo” “feliz por ser um prisioneiro”. Depois que o refugiado prova da vida dos sacerdote dentro da cidade ele não se vê como prisioneiro, mas como um alguém que foi abençoado. Nós somos aquele escravo comprado que furou as orelhas e deseja servir o seu senhor por amor com alegria (Ex. 21:5-6).
Agora vanos colocar esses nomes juntos para ver a mensagem:
Você pode encontrar no santuário (Quedes) de Deus, o ombro forte do Senhor (Siquém), o qual ele oferece em comunhão (Hebrom). Ele é a nossa fortaleza (Bezer) e ele nos exalta muito acima (Ramote) de nossos problemas com grande alegria (Golã).
Os nomes nos dão um quadro do Senhor Jesus na vida da Igreja nos oferecendo um ombro forte quando nos sentimos fracos e assustados. Ele é o nosso santuário, o lugar santo que nos tira desse mundo. Tudo o que precisamos é responder a ele em comunhão e ele nos colocará sobre os seus ombros forte acima de toda obra do inimigo.
Nos dias de luta e temor precisamos correr para o Senhor. Ele nos carregará em seus ombros assim como carregou a centésima ovelha que havia se perdido. Sobre os ombros do Senhor você será elevado muito acima do problemas, dos perigos, dos ataques e dos principados malignos. Si, Você será elevado muito acima do poder das trevas e do laço do passarinheiro.
O amado do SENHOR habitará seguro com ele; todo o dia o SENHOR o protegerá, e ele descansará nos seus braços. Dt. 33:12
Esse é um versículo precioso da Palavra de Deus. Quando você faz do Senhor o seu refúgio, a sua fortaleza, você habitará seguro nele. Quando descansamos nos braços do Senhor somos realmente protegidos.. Apenas se lembre que o amado do Senhor viverá seguro. Confesse todos os dias que você é amado do Senhor.
As cidades refugio são também um tipo da igreja. As seis cidades estavam espalhadas pelo território de Israel de maneira que uma pessoa poderia fugir porque ele estaria perto de uma delas. Esse é um quadro das igrejas locais espalhadas pelo mundo. A igreja local é um lugar de refúgio. A igreja é uma ideia divina. É o lugar onde todos os que sofrem debaixo de condenação, maldição, doenças e opressões podem encontrar refúgio. Não é da vontade de Deus que prossigamos nessa jornada sozinhos. Você precisa estar numa cidade refúgio hoje.
Ainda que existe o aspecto da igreja invisível e universal, a expressão prática da igreja é a localidade. Hoje a igreja local depende de um prédio, um local de reunião. Não cremos que o prédio onde nos reunimos seja a igreja, mas quando cada irmão, cada membro está reunido temos a igreja acontecendo dentro do prédio. O prédio não é a igreja, mas é um lugar consagrado para a pregação da fé. É um lugar para refúgio do culpado.
A igreja local é uma embaixada do céu. Uma coisa boa a respeito de embaixadas é que elas não vivem de acordo com o país onde ela estão, mas de acordo com a riqueza do país que representam. O embaixador do Estados Unidos no Zimbabue anda de limozine apesar de Harare ser um lugar pobre. Ele vive de acordo com a riqueza dos Estados Unidos e não depende dos recursos do Zimbabue.
Toda igreja local é representante do céu e deveria viver de acordo com a riqueza do reino dos céus. Nossa provisão espiritual é superabundante, mas a provisão natural é tremenda também. Não vivemos de acordo com a economia desse mundo.
A plenitude de Cristo está na igreja. Onde encontramos a sua graça, os seus dons, a sua cura, a libertação, o enchimento do Espírito, a provisão e a glória de Deus? Somente na Igreja. Aqui é o lugar da presença de Deus. Precisamos ter o mesmo amor que o Senhor tem pela igreja.
E pôs todas as coisas debaixo dos pés, e para ser o cabeça sobre todas as coisas, o deu à igreja, a qual é o seu corpo, a plenitude daquele que a tudo enche em todas as coisas. Ef. 1:22-23

A vida de um refugiado
As cidades refúgio pertenciam aos sacerdotes e levitas. Hoje a igreja é o local dos crentes que são o sacerdócio real. Naquele tempo eram os sacerdotes e levitas que serviam a Deus em tempo integral. Hoje, porém, todos nós somos feitos sacerdotes. Cristo nos fez sacerdócio real.
O trabalho do sacerdote é pegar a mão do pecador e a mão de Deus e colocá-las juntas. Ele tem o ministério da reconciliação (II Cor. 5:18-20). O ministério de cada igreja local é reconciliar o pecador com Deus Pai.
O sacerdote traz as pessoas a Deus. Ele conhece a Deus e sabe as exigências de Deus por isso pode trazer os pecadores ao Senhor.
O sacerdotes e levitas também adoravam a Deus e ministravam com música e instrumentos. Eles deveriam tomar aquele pecador para viver com eles.
Dessa maneira o pecador saía ganhando, porque as cidades levitas eram todas ricas. Os sacerdotes e levitas vestiam apenas linho que era a melhor roupa daquela época. O linho é uma grande invenção de Deus pois ele mantem você aquecido no frio e o deixa fresco no calor.
As cidades dos levitas na sua maioria ficavam nas montanhas e eram as melhores cidades.
Os sacerdotes também comiam a melhor comida. Naqueles dias as pessoas não comiam carne todos os dias. Elas comiam pão, trigo e grãos, mas a carne era ocasional. Os sacerdotes, porém, comiam a melhor carne porque as ofertas movidas e alçadas eram deles.
Naqueles dias quando o povo ia oferecer uma oferta pacífica normalmente era um cordeiro. Desse cordeiro eram separados o peito e a coxa que eram assados e dados ao sacerdote. O peito era movido diante do Senhor e simboliza o amor de Cristo. A coxa é a parte mais forte e representa o poder de Cristo e deveria ser alçada diante de Deus. Quando temos uma oferta movida e outra levantada temos a imagem da cruz (Nm. 18:11-12).
Essa é a comida dos sacerdotes. Nós somos esses sacerdotes e nos alimentamos do peito, ou seja do amor do Senhor e também da sua coxa, que é o seu poder. Amor e poder são a nossa dieta espiritual e temos isso porque nos alimentamos de Cristo.
O Pai tem prazer quando o lembramos de Cristo. Eu nunca esqueço as minhas filhas, mas sinto prazer quando vejo a foto delas na minha carteira. Damos prazer ao Pai quando lhe oferecemos Cristo.
Nós comemos da comida dos sacerdotes. Comemos do amor e da força de Cristo. Podemos comer da abundância do céu. Os levitas comiam do melhor da terra.
Também isto será teu: a oferta das suas dádivas com todas as ofertas movidas dos filhos de Israel; a ti, a teus filhos e a tuas filhas contigo, dei-as por direito perpétuo; todo o que estiver limpo na tua casa as comerá. Todo o melhor do azeite, do mosto e dos cereais, as suas primícias que derem ao SENHOR, dei-as a ti. Nm. 18:11-12
A única forma de participar da abundância dos levitas era nascendo na família, mas uma vez que o culpado da morte se refugiava na cidade, ele comia a comida dos sacerdotes, bebia a sua bebida e desfrutava do mesmo lugar que o sacerdote vivia.
Os levitas eram habilidosos para tocar instrumentos, então a cidade era cheia de música, de festa, de adoração e louvor ao Senhor. E aquele que era culpado desfrutava de tudo isso.
Aquele que se refugiava ficava na cidade até a morte do sumo sacerdote daqueles dias. Então ele retornava para a sua própria cidade. Seria triste se ele chegasse ali e apenas um mês depois o sumo sacerdote morresse.
Mas é nesse ponto que o tipo do Velho Testamento não é tão perfeito como a realidade que desfrutamos hoje. Cristo, o nosso sumo sacerdote hoje, vive eternamente (Hb. 6:16-20). Se o nosso sumo sacerdote vive para sempre então somos abençoados eternamente. Nosso refúgio nunca cessa.
Onde Jesus, como precursor, entrou por nós, tendo-se tornado sumo sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque. Hb. 6:16-20
 

ORAÇÃO DE CONFISSÃO

TEXTO BÍBLICO

Quando passares pelas águas, eu serei contigo; quando, pelos rios, eles não te submergirão; quando passares pelo fogo, não te queimarás, nem a chama arderá em ti. Is. 43:2

CONFISSÃO DA PALAVRA

Deus está comigo ao atravessar o rio. Ele me sustenta em plena saúde e prosperidade. Nas águas profundas eu estou seguro, pois a mão forte do Poderoso me livra de afogar. O Senhor é comigo e me salva do fogo da aição. O mundo está debaixo do pânico, mas eu estou debaixo do sangue do Cordeiro e das asas do Altíssimo. Mil cairão ao meu lado e dez mil à minha direita, mas eu não serei atingido (Sl. 91:7)